Sibutramina: o que você precisa saber sobre este medicamento?


👉Continuando as postagens sobre medicações aprovadas para obesidade, hoje é a vez da sibutramina. Ela é um medicamento para tratamento da obesidade bastante controverso, por isso a importância de uma postagem para explicar os benefícios e os riscos.

👉Ao contrário do que muitos pensam, ela não é um “inibidor do apetite”; ela aumenta a saciedade, por ações no cérebro, fazendo com que, ao comermos menos, possamos ficar satisfeitos por mais tempo. Ou seja, ela ajuda a dieta, mas tem pouco efeito em quem não se engaja em uma. Ao mesmo tempo, ela pode impedir parcialmente a redução de gasto energético que ocorre quando emagrecemos. A resposta média é entre 4-5 kgs nos estudos, mas há bons e maus respondedores: 28% perdem mais que 10% do peso.

👉E quais os riscos? A maior preocupação com a sibutramina é o aumento de frequência cardíaca e pressão que pode ocorrer em alguns indivíduos, portanto é contra-indicada para quem tem a pressão descontrolada ou risco aumentado de doenças cardiovasculares. Para quem não tem riscos, a preocupação é menor, até porque a perda de peso em si por vezes reduz a pressão, mas ainda assim é importante medir pressão e frequência de vez em quando. Outra preocupação é com o uso concomitante de outras medicações de ação no cérebro, ou algumas doenças psiquiátricas, pois pode influenciar no tratamento. Não chega a ser sempre uma contra-indicação, mas é preciso cuidado.

👉Algo que vejo com frequência é pessoas falarem mal da sibutramina baseado em experiências com fórmulas manipuladas: muitas vezes, os efeitos colaterais vieram da combinação de diversas substâncias, mas é a sibutramina que leva a fama! .

👉Ou seja, a sibutramina é uma opção viável para tratamento responsável da obesidade, com menos colaterais que muitos pensam, mas alguns cuidados são sempre importantes! .

🌟Sempre sob prescrição médica🌟

Fonte: texto escrito pelo Dr. Bruno Halpern

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