Neuroendocrinologia

A neuroendocrinologia é a ciência que trata dos problemas endócrinos causados por questões neurológicas.

Entre os distúrbios neuroendócrinos, estão as doenças da hipófise (glândula localizada no cérebro, produtora de hormônios controladores da produção de hormônios de muitas outras glândulas do corpo) e do hipotálamo (parte do cérebro que controla a hipófise).

A hipófise produz e secreta alguns hormônios que controlam o bom funcionamento da tireoide, dos ovários, testículos, glândulas suprarrenais e hormônios de crescimento. Os hormônios produzidos são: adrenocorticotrófico (ACTH), tireotrófico (TSH), gonadotróficos ou luteotrófico (LH), folículo-estimulante (FSH), prolactina (PRL) e de crescimento (GH).

A depressão pode indicar problemas neuroendócrinos. Com ela, surgem distúrbios no apetite, variações no sono, alterações no desejo sexual e no período menstrual (no caso das mulheres). Estes sintomas são também determinantes de disfunções no hipotálamo. No aparecimento dos sintomas acima, procure um neuroendocrinologista.

Doença de Cushing, Hiperprolactinemias, Tumores Hipofisários, Hipogonadismo, Neoplasia Múltipla, Síndrome de Kallmann, Atrasos no Crescimento e Atrasos ou Precocidades Puberais são algumas das doenças tratadas por neuroendocrinologistas.

Para diagnosticar problemas neuroendócrinos, endocrinologistas solicitam testes hormonais. Os melhores exames de imagem são a ressonância magnética e a tomografia computadorizada. São indicados para os sintomas visuais a realização de campimetria, para confirmar distúrbio do quiasma, e exame oftalmológico completo, incluindo fundo de olho.

Na maioria dos casos de tumores na hipófise, pode ser realizada cirurgia. Ela deve ser feita por neurocirurgião especializado, já que o acesso à região da hipófise é indicado, quase sempre, pelo nariz, sem "abertura da cabeça".

Alguns tipos de tumores são tratados com medicações. Nestes casos, o melhor tratamento pode ser o medicamento. Em alguns casos, pode ser feita a associação da cirurgia e medicação.

A maioria desses tumores são benignos e podem ser tratados também por radioterapia, indicada geralmente após tratamento cirúrgico.


FONTE: SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA